A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estabeleceu que as operadoras de telefonia devem implementar a tecnologia “cell broadcasting” para enviar alertas de desastres aos usuários. Essa medida assegura que até mesmo aqueles que não se cadastraram sejam informados sobre possíveis impactos nas regiões em que residem. As empresas têm prazo até 31 de dezembro de 2023 para adotar essa medida.

Com essa determinação, os alertas serão direcionados a uma parcela muito mais ampla da população brasileira. Atualmente, o serviço funciona por meio de cadastro, utilizando mensagens de texto, Telegram, Google Alertas, TV por assinatura e WhatsApp, com informações provenientes da Defesa Civil.

A implementação da tecnologia “cell broadcasting” representa um avanço significativo e um novo paradigma em termos de proteção, conforme destaca o coordenador-geral de Gerenciamento de Desastres da Defesa Civil Nacional, Tiago Molina Schnorr. Em situações críticas detectadas, toda a população brasileira receberá notificações em seus celulares, contendo orientações sobre como se autoproteger em casos de desastres.

O novo sistema apresenta duas características distintas: emite um alarme com aviso sonoro, mesmo quando o celular está em modo silencioso, e sobrepoõe uma mensagem de alerta na tela, independentemente do conteúdo em uso. Alertas relacionados a riscos como chuvas intensas, ventanias e outras ocorrências que possam impactar a vida dos brasileiros já são uma realidade para aqueles que se cadastram nos sistemas de alerta.

Um exemplo é o estado do Rio Grande do Sul, onde os cidadãos cadastram seus números de celular na Defesa Civil e recebem avisos por SMS conforme a previsão do tempo. Na última segunda-feira, 21 de novembro, os moradores de Porto Alegre foram alertados sobre a possibilidade de temporais, acompanhados de descargas elétricas, ventos de até 70 km/h e eventual queda de granizo em um período de 4 horas. A mensagem também incluía os números de emergência a serem acionados: 190 ou 193.