No decorrer do Fórum Esfera Brasil, realizado na última sexta-feira (25), especialistas analisaram as oportunidades e desafios que o país enfrenta para prosperar no setor de tecnologia. As discussões ocorreram durante o terceiro painel do dia, intitulado “Tecnologia como impulsionadora do crescimento no Brasil”.

O evento é organizado pela Esfera Brasil, uma entidade dedicada à promoção do pensamento e diálogo sobre o Brasil, reunindo empresários, empreendedores e a classe produtiva. Caracterizado pela independência e apartidarismo, o grupo tem como missão ser um centro unificador do empreendedorismo brasileiro.

O deputado federal Felipe Rigoni (União-ES) foi responsável por inaugurar o painel. Segundo ele, a tecnologia deve ser abordada em conjunto com a ciência, e o Brasil deve adotar três princípios fundamentais: “previsibilidade de recursos, governança compartilhada e enfrentamento de desafios nacionais”.

Rigoni destacou a necessidade de mobilizar a sociedade, a ciência e a tecnologia para superar desafios nacionais, semelhante ao que ocorreu nos Estados Unidos durante a corrida lunar. Ele ressaltou a importância não apenas da conquista da lua, mas das numerosas tecnologias desenvolvidas para alcançar esse feito.

No painel, também estiveram presentes o CEO da Qualcomm, Luiz Tonisi, e o economista e membro da equipe de transição do novo governo, Gabriel Galípolo. Tonisi enfatizou que atualmente não existe nenhuma potência mundial que não seja também uma potência tecnológica, destacando a importância dos princípios da ciência, tecnologia e formação de mão de obra para um país.

No entanto, Tonisi observou que o Brasil ainda enfrenta uma escassez de profissionais preparados para lidar com a nova realidade tecnológica. Ele enfatizou que a atividade comercial dominante no mundo é a intelectual e não a braçal, tornando crucial o investimento na formação de profissionais.

Galípolo, por sua vez, identificou oportunidades para o Brasil no setor, considerando as reservas internacionais, a estabilidade energética e a geografia favorável do país. Ele ressaltou a importância da transição para uma economia intensiva em tecnologia, com baixo carbono e sustentabilidade ambiental, destacando o potencial do Brasil em se destacar como protagonista nesse cenário, atraindo investimentos e desenvolvimento por meio das novas tecnologias.